27 novembro 2012

Venha hoje.



O Sol desfere a luz que fere o chão
O peso do vento corta profundo corte
Não sinto mais o guia a me guiar
O vento sopra, mas não ouço canto algum a me chamar
Eu vago solta, desorientada
No peso da dor sem direção
É como buscar laçar a escuridão
Alcança, quase alcança e se desfaz na imensidão da busca
É para onde a dor aponta - Coração.
O corpo estremece ao toque da beira da razão
Guia-me, não me deixe
Dê razão e luz aos meus anseios
Dê sentido às lágrimas que queimam sólidas e silenciosas
Porque o que se processa dentro de mim não é quieto
Assombra-me e zomba de mim
Martiriza-me, talha-me o corpo
Trás um molho de angústia aos meus pés
Que continuam a caminhar em meio os calos
Me de um beijo, um abraço
E deixe-me pulsar junto à sua pele de vida
Deixe-me inerte com suas palavras
Venha hoje, agora
Pois eu procuro a luz no fundo do hoje que já é amanhã.

Um comentário:

 
Designer By.: Jeff Bolton