Doce demais enjoa. Nem todo mundo gosta do sal.
Eu quero ser o enjoativo, o repudio, o que é amargo e o que
faz todo o estômago correr quando me vê. O insensato, mas quero ser normal, o
diferente é um cargo que todos querem ocupar, não quero procurar por vagas,
quero estar nelas, a diferença posso fazer aos poucos. Viva em um mundo coberto
de anormais e morra queimado pela língua sem saber o por quê.
Eu quero ser a mente mais suja de todo o universo, para que
possa gastar o tempo limpando-a, aprendendo coisas novas, não quero ser
perfeita, quero ter o que fazer procurando a perfeição. Claro que, não tenho
defeitos estrondosos, porque não sou boa, sou ótima, mas em um longo abismo
para a perfeição.
Quero ser a melhor das críticas, para que possa criticar
independente do meu gosto, pois um bom crítico, não põe seu gosto acima das
coisas. Quero ter a mente aberta, mas que meus pensamentos, ideias e reflexões
não se soltem por aí, pois sou egoísta, e o egoísmo é um dom para mostrar que
tudo o que você tem é precioso, só você toca e pode ter.
Enfim, o agridoce é estranho, mas comum, é o livre, mas que
ninguém escolhe. O agridoce sou eu, o terror, o pavor, o ardor com a dor.
Lindo texto! ♥
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