09 fevereiro 2012

Livro vivo.


Guardo em mim uma mina de palavras. As que têm mais valor estão presas bem lá no fundo, e essas que escrevo são as que encontro no subsolo da minha alma. Eu realmente queria entender, porque eu, sozinha, não consigo cavar tão fundo, e porque perto de você, o fundo raso se torna. Me explica?

É como se tudo tivesse se modificado a partir do momento em que te conheci, e pra melhor. Talvez pra preencher aquele espaço vazio que me definhava e que por mais que tentasse preenchê-lo, nunca conseguia de uma maneira exata. O fato é que eu nunca tive alguém de verdade em sentidos anatômicos e internos de espírito. Mas talvez esse fato tenha mudado desde que você apareceu pra mim, jogando todos os meus sonhos no lixo e colocando no lugar momentos de realidade totalmente inesperada.

De certo modo, é engraçado. Tudo que eu imaginava antes de te conhecer vai de encontro contrário ao que você é e ao que me proporcionas. Talvez pelo fato das palavras, na teoria, terem sido todas embaralhadas na prática. E, sinceramente, me agrada mais este ‘livro vivo’ do que aquele cheio de sonhos clichês o qual já vinha por arrancar páginas.

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