Não Importa.

Não importa quanto tempo faz que não te dedico uma música, que não te escrevo uns versos mudos, às vezes surdos, mas que o coração consegue entender. Não importa se eu te disse aquela frase linda que gravei no celular pra decorar, ou se eu apenas permaneci em silêncio ao teu lado, mas ao teu lado como mais ninguém pode ficar. Ao teu lado como parte sua, como um segredo só nosso que ninguém precisa compartilhar. Não importa quantas vezes ao dia eu me declare pra você, o que importa é que sempre vai ter aqueles dez ou quinze segundos em que eu paro tudo, e paro bem perto de você, só pra fixar um pouco mais no teu olhar, pra te examinar nem que seja um pouquinho, até você perguntar “o que foi?” e eu dizer “nada”, seguindo as ações e as falas como devem ser seguidas. Vai ter sempre aquela cartinha esquecida, ou aquela hora do dia que eu paro e penso em como seria bom se você estivesse ali comigo. Vai ter sempre aquela lembrança guardada de uma manhã um pouco fria, daquela uma tarde meio chuvosa, de uma noite tão calorosa. Vai ter sempre aquela memória, dos dias em que você me ouviu falar dos meus problemas sem reclamar, dos dias em que me viu chorar de tanta dor ou dos dias que me viu rir até chorar. Vai ter sempre aquelas duas ou três risadas nossas que vão vir à tona quando alguém falar sobre felicidade, e depois vão vindo as outras e outras e tantas que vou ser obrigada a sorrir mais uma vez por sua causa. Não importa o que as outras pessoas sabem, o que as outras pessoas pensam. O que importa é que vai ter sempre aquelas mesmas pessoas de sempre torcendo pela gente. Vai ter sempre um amigo ou outro pra desejar bom dia, pra abraçar atoa, pra contar naquelas horas difíceis que ninguém quer mais saber. O que importa é que tenho você. Vai ser sempre você. Vai ter sempre aquela marca em mim de um beijo tão quieto, dos sorrisos tão sinceros, das suas manias e das suas manhas, das tuas caras mais estranhas. Vai ser sempre você. Sem mais. Sem mas. Sempre você.